É verdade que o ser humano sempre se tem questionado sobre o seu mundo envolvente e eu não sou diferente. Estes dias tenho-me questionado sobre estranhos factos, aparentemente sem ligação entre si e que tenho vindo a observar. Intrigada, resolvi partilhar as minhas interrogações com a minha amiga Angela, alentejana de gema, alma e coração:
– Oh Angela, não sei o que se passa, se será da água ou do ar prussiano, ou até mesmo quem sabe do vulcão da islândia, mas parece-me que as minhas calças de ganga adquiriram vida própria… estao a ficar cada vez mais pequenas.
A Angela, com a calma e tranquilidade que caracteriza o seu povo, ouvia-me pacientemente e eu continuei:
– pois, e este não e o unico fenómeno estranho… a balança lá de casa, que funciona tão bem com o meu marido e a minha filha, sempre que é a minha vez, até lhe salta o ponteiro…
A Angela, munida da sabedoria alentejana, explicou-me então que nao era o ar nem a água, e muito menos o vulcão que estavam por detras destes dois mistérios. E disse-me até que a solução para parar com estes dois fenómenos era comum e está em qualquer despensa da cozinha do comum mortal. Pois bem, a solução seria pensar bem a que horas tiro da prateleira a massa, as batatas e o arroz. Entao explicou-me:
– Sofia, o que tu tens a fazer é favorecer o consumo de hidratos de carbono durante o dia e favorecer o consumo de proteinas animais durante a refeição da noite.
A solução parecia-me fácil, então resolvi pô-la em prática. Mantenho os meus rituais habituais, seguindo a máxima “one apple a day keeps the doctor away”, e é assim, com maçã e müsli que abro o dia. Ao almoço dou à massa, batatas e arroz o papel principal, não pondo em causa o papel da salada, que está lá sempre. Ao jantar, entao a fama pertence à carne, peixe e ovos, acompanhados por legumes ou salada. Devo confessar que eu como por “desejos” e que a minha carne é mesmo fraca quando se trata de recusar um belo doce ou um pacote de batatas fritas (e também tenho que confessar que já abri uma ou outra excepção a esta máxima …).
Esta minha nova experiência começou há uns dias com uma sopa de legumes ou, mais especificamente, uma sopa de fruta e legumes. Uma laranja juntou-se a uma pêra e a uma maçã, 3 cenouras juntaram-se a uma cebola, a dois dentes de alho e a meio alho francês. Foram todos para a panela de pressão e sairam de lá triturados directamente para o prato. Por cima, um fio de azeite e um raminho de tomilho fresco. Para fechar a refeição, queijos de vários tipos.
E para encetar a minha participação no desafio culinário “cozinhar com… laranja” do blog delícias e talentos , apresento esta receita de sopa de frutas e legumes!