O cheesecake de figo da Margarida já me tinha piscado o olho. Quando a Laranjinha o repetiu, não resisti. Tive que fazê-lo, e já! Fui verificar a lista de ingredientes. Obviamente, dos bolinhos secos de alfarroba da Quinta das Atalaias já não havia nem vestígio. E ao abrir o frigorífico, reparei que não tinha queijo creme. Tomei o obstáculo como desafio e pensei que, de todos os modos, não consigo seguir uma receita tintin por tintin. Por isso, fui ver o que havia no armário: tinha umas bolachas digestivas a pedirem para ser recicladas, uma noz, uma amêndoa e uma avelã; tinha mascarpone e crème fraîsche. Lancei mãos à obra. Afinal, improvisar uma sobremesa é sempre muito mais estimulante do que seguir uma receita.
Pus no copo da misturadora, 100 gr de bolachas digestiva, uma colher de sopa de farinha de alfarroba e uma colher de sopa de manteiga. Juntei a tal avelã, a amêndoa depelada e a noz solitária. Blitz, até a mistura ficar coesa e homogénea, separando-se das bordas do copo. Dispus a massa numa forma de 18 cm, pressionando com os dedos e levei ao frigorífico. Depois, dirigi-me à batedeira e pedi à minha filha para pôr 5 colheres de sopa de açúcar. Juntei 250gr de mascarpone, 2 colheres de sopa de crème fraîsche, 2 colheres de chá de canela e uma colher de sopa de doce de abóbora e alfarroba, também da Quinta das Atalaias. A máquina bateu a massa durante cerca de 5 minutos. Verifiquei que ficou bem batida e provei. Mmmm, que combinação perfeita, de levar aos céus! A minha filha, ao observar-me, disse que também queria. Dei-lhe um bocadinho e ela imediatamente pediu uma nova dose. Eu repeti a dose e ela repetiu o pedido. Voltei a deixá-lha tirar a massa com o seu dedinho e o ciclo repetir-se-ia até ficar com a tigela lavadinha se eu não interrompesse o processo. Pus a massa por cima da base de bolacha e alfarroba, endireitei com o salazar e barrei por cima mais um bocadinho do doce de abóbora e alfarroba. Voltei a por no frigorífico e dei à minha filha a tigela para ela lamber, lembrando-me dos meus tempos de infância, quando a minha avó e a minha mãe nos davam as tigelas de massa dos bolos depois destas passarem pelo salazar. Ela olhou para mim, olha para a tigela, lançou-me um olhar de quem diz: “pensas que estás a enganar-me?!?!?!”, ignorou a tigela e mostrou-me o poder das suas cordas vocais. Fomos jantar uma salada de batatas, em estilo fusion kitchen, com inspirações luso-prussianas. Depois do jantar, provámos o cheesecake. Ao primeiro garfo, tive a mesma reacção que tive ao provar o creme durante a sua confecção, e o meu marido disse-me: “espera, não penses que me vais influenciar o veridicto com a tua opinião parcial.” Mas, ao provar, ele teve a exactamente a mesma reacção, acrescentando: “in der Tat!…”
Este também ainda não o fiz, mas é verdadeiramente tentador.
Moira,
mais que tentador, delicioso! 😉
bjs
Sofia,
Também fiquei de olho no dito. Qualquer coisa que seja substituída por mascarpone parece-me bem e com doce de abóbora… uhmmm.
Bj e bom fim de semana*
Suzana,
Olha que a tua tarte baklava de figos é bem tentadora, também! 😉
Na verdade, ando a pensar fazê-la com figos secos.
bjs
Aqui está a “prova provada” de que quando a Cozinheira é boa, tudo o que lhe sai das mãos só pode ser excelente! Boa Nota, Sofia! Bjs. Bombom
Bombom,
Eu acho que houve um ingrediente mágico chamado “sorte” que caíu neste cheesecake!
Bjs
Bem este cheesecake anda a fazer sucesso.. : D E tu deste-lhe bem a volta com outros sabores que adivinho fizeram uma combinação muito boa! Terei que experimentar.. eheheh
beijocas grandes para ti
Margarida,
foi uma combinacao de ingredientes muito feliz e inspirada no teu cheesecake de figo! 🙂
esta e daquelas receitas a repetir, se bem que tambem quero experimentar a tua versao!
beijinhos
Sofia